Um convite ao equilíbrio
O movimento Slow ganhou popularidade no mundo pelas mãos do jornalista escocês Jean Carl Honoré que, ao repensar os seus hábitos, escreveu o livro “Devagar – como um movimento mundial está desafiando a cultura da velocidade”. – Editora Record.
O livro tornou-se um sucesso de vendas em diversos países conquistando prestígio e fama. Carl Honoré foi convidado a participar do programa Ted Talk e alcançou o marco de 3 milhões de visualizações em seu discurso de “louvor à lentidão”.
Aliar-se ao tempo e ao momento presente. Desacelerar, pausar, desconectar-se do mundo e conectar-se apenas a si. A urgência de Chronos cede lugar a Kairós. A cultura da pressa, tão presente na sociedade contemporânea é uma herança Cartesiana que vem perdendo força e velocidade, principalmente no pós pandemia.
Ganha destaque o movimento mundial que aponta para a necessidade de ressignificar o viver, o morar, o consumo consciente e o momento de nutrição – Slow Living, Slow Food, Slow Fashion.
Desligar o piloto automático e perceber que o recurso mais escasso é o tempo, assim como o bem mais precioso que alguém pode receber do outro, pois com ele existe a entrega da presença.
Isso não significa viver de forma lenta ou isolada, mas sim, estar atento e conectado a cada experiência. Fazer de cada ato da vida cotidiana, um ritual. A casa como santuário de paz e tranquilidade, onde cada objeto seja um símbolo de afeto.
Adotar para si um estilo de vida em que, apesar de todos os papéis que desempenhamos diariamente, consigamos à justa medida, caber em nós mesmos, e conosco, os nossos.
Uma verdadeira proposta de mudança na perspectiva cultural com a adoção de um estilo de vida mais simples, em que os propósitos se fazem presentes tanto nos atos, como nas pausas.
Na era do “on line” em “full time”, sentimos culpa pelo ócio, tão necessário para nos equilibrarmos em um mundo carente de afeto, criatividade, alegria, leveza, poesia e “off line”.
O Ser Integral compreende uma vida plena, em que o bem-estar e a humanização tem como pilares: o desenvolvimento humano, social e planetário, preservando o meio ambiente e lutando pela causa da sustentabilidade. Recicle e Reuse, aproveite e se reinvente.
O respeito ao fluxo natural não apenas do viver, mas do existir. Como dizia Saramago, nem todos que olham, podem ver. Caminhar sem pressa é apreciar o trajeto e diminuir a quantidade do que se faz, com foco em aumentar a qualidade.
Hoje em dia, o movimento global do Slow Food por exemplo, está presente em mais de 160 países, incluindo o Brasil.
“É inútil forçar os ritmos da vida; A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”. Carlo Petrini – fundador do Slow food.
Para adotar a filosofia Slow, é necessário compreender o quão improvável e impossível é, fazer tudo e atender a todos. A partir daí, exercitar a reflexão do que é realmente necessário, aprender a dizer não e cancelar alguns compromissos, preferir isso e preterir aquilo.
Podemos definir o movimento Slow, como uma expressão de modelo alternativo para conter e sanar as dificuldades do mundo moderno e do atual modelo de existência. As dificuldades são visíveis, o desequilíbrio é visível, a desconexão de nós mesmos, também.
Um dos grandes contrapontos da era digital é o resgate ancestral, do natural, do orgânico, do artesanal.
Na Vallvé, cultivamos até os dias atuais, um processo produtivo 100% artesanal, humanizado e ético. Acreditamos que o novo luxo se apresenta na forma de um estilo de vida, em que o descartável, cede lugar ao perene, em que o objeto, dê lugar ao afeto. Essa é nossa missão!
Melhorar o mundo através do design, do bem-estar, da positividade e do autocuidado como os pilares de sustentação para uma vida saudável e feliz!
